Porque somos seres de muitos sentidos. Em todos os sentidos.
Dark Room é uma oficina de dança que têm como interesse principal rever as hierarquias dos sentidos no estudo e criação em dança, assim como na relação entre o artista e espectador. A proposta é criar ferramentas que possam diminuir a ditadura da visão e da imagem, abrindo outras portas de acesso à matéria do corpo.
Outros assuntos tangenciam a oficina como: a importância de voltar à matéria e descobrir/penetrar outros tipos de inteligência que não somente a lógica e explicativa em processos de criação em dança contemporânea; a importância de gerar ambientes que nos ajudem a acessar nossos desejos e que nos permitam lidar com os desejos dos outros; a importância de inventar espaços que desenhem uma relação com o corpo, com o outro, com as coisas, diferente das relações que nos oprimem diariamente; o interesse artístico de penetrar em tudo aquilo que não está completo ou acabado, dando lugar à escuridão.
Duração: 40 horas
Valor total: $200
Forma de pagamento:
1 única parcela de $200,00 até dia 20 de agosto/ ou
2 parcelas (cheque pré datado) de $100,00 (20 de agosto e 20 de setembro)
JULIANA FRANÇA
Graduada em dança pela UNICAMP, atualmente cursa na UFBA o curso de especialização Estudos Contemporâneos em Dança. Em seu trabalho tem interessado discutir os seguintes assuntos: a autoria, os abismos entre teoria e prática no contexto atual, as relações entre o artista e o expectador. o lugar da crítica no fazer da dança, e a figura do especialista, propondo uma revisão das fronteiras entre arte e educação, criança e adulto, artista e não artista. Trabalhou e viveu nas cidades de São Paulo, Teresina, Santos, Montevideu e Juiz de Fora, buscando no trânsito, na diferença e na troca com o outro o alimento de seu trabalho como artista. Desde 2012 atua no Diversão & Arte Espaço Cultural articulando diversos projetos de produção e formação em dança na cidade de Juiz de Fora. Nesse momento dirige ao lado de Leticia Nabuco o Festival de Dança CAUSA <Ações Artísticas> (Prêmio Cena Minas). Ainda nesse espaço cultural organizou e dirigiu a residência artística OPERAÇÃO 2012, realizou a oficina Histórias da Dança (Lei Murilo Mendes), gerou um ambiente regular de estudos em dança contemporânea a partir de vídeos do youtube, entre outras ações. Trabalhou durante os anos de 2011 e 2010 em Teresina-PI, no coletivo Núcleo do Dirceu. Em 2011, como artista do coletivo, participou do projeto 1000casas. Propôs em 2010 um diálogo com o coletivo a partir do projeto Ordinário, premiado pela FUNARTE através do edital Interações Estéticas: residências artísticas em pontos de cultura e integrou a residência Colaboratório proposta pelo Festival Panorama (RJ). Trabalhou também nesse período como intérprete-criadora dos projetos Uma Família, de Julia Bardsley e Touch it de Gabriela Maiorino.